5 de junho de 2019

Universidade e empresa – uma parceria para ser incrementada

 

Não são muitas as relações existentes entre empresas e universidades no Brasil. Uma barreira intransponível acaba existindo entre esses dois universos, o que dificulta a alavancada do crescimento do país. Há quem diga que, por conta disso, exista um blackout intelectual nas empresas brasileiras.

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“Afirmar que há um blackout é um termo muito forte, já que as grandes, médias e pequenas empresas cada vez mais entendem que o investimento no capital intelectual é sinônimo de lucratividade. A gestão do capital intelectual resulta de um processo bem estruturado de recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento do colaborador. É certamente uma influência positiva no sucesso estratégico da empresa. Hoje investir no capital intelectual interno é certeza de inovação e retorno do investimento”, explica o diretor Sidirley Fabiani da Gestiona.

A afirmação é confirmada por estudo do pesquisador e diretor-científico da Fapesp, Carlos Brito, que comparou os recursos recebidos por universidades americanas com as duas instituições brasileiras de ensino superior consideradas as melhores do país em diversos rankings.

Os resultados, baseados em dados de 2000 a 2016, mostram que USP e Unicamp cultivam um relacionamento de investimentos e coautoria em pesquisas na mesma intensidade quanto instituições americanas estreladas, entre elas MIT (Massachusetts Institute of Technology), Universidade da Califórnia (UC Davis) e Berkeley.

Contudo, ainda há a necessidade de um aprofundamento, para que os pesquisadores das universidades sejam melhor utilizados nas empresas brasileiras. A falta de continuidade das políticas ligadas à pesquisa e inovação e a ausência de recursos subsidiados também atentam contra a permanência de pesquisadores em solo brasileiro, que acabam buscando oportunidades em outras localidades.

Busca por outros países

É crescente o número de pesquisadores que deixam o país em busca de melhores oportunidades, passando os conhecimentos para outras nações. Segundo o diretor da Gestiona, essas evasões são “enormes e significativas, não somente para as empresas, mas para o país de modo geral, seja na educação, saúde, tecnologia e ciência. O término de muitos programas que subsidiavam a carreira desses profissionais também pode ser elencado como um fator decisivo para a evasão dessa força”.

Interesse para empresas

Muitas corporações já têm a percepção de que existe um caminho muito grande para a conquista de melhor relação entre empresas e pesquisadores, ou melhor universidade e empresa. É sabido que isso geraria ganhos enormes para todos envolvidos, principalmente para a sociedade brasileira.

O diretor da Gestiona explica que em universidades, centros de pesquisa e centros próprios de P&D geralmente existem bancos de currículos de pesquisadores e projetos. Essa é uma boa ferramenta, mas não soluciona a questão. É preciso ir além e reter os especialistas, e há diversas maneiras de fazer isso no mercado de hoje.

Podemos citar algumas delas: valorizar e motivar os talentos, persistir na obtenção e manutenção de um bom ambiente profissional, investir e desenvolver um plano de educação corporativa, favorecer a ampla troca de experiências, entre outras iniciativas.

“Para que as empresas possam contratar e reter talentos, elas podem buscar apoio em alguns incentivos fiscais como a Lei do Bem, que visa fomentar a pesquisa, desenvolvimento e inovação de novos produtos dentro das empresas. Afinal, para que haja desenvolvimento contínuo, a figura do pesquisador é fundamental”, finaliza Sidirley.

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