18 de fevereiro de 2024

TI: suporte ou estratégia?

 

A área de TI é fundamental para garantir o bom funcionamento de uma empresa. Isso porque o departamento perpassa por todas as áreas de uma companhia, independentemente do porte ou segmento. Entretanto, mesmo tendo um papel de destaque nas operações, o setor ainda é visto por muitos como um suporte, sendo acionado, principalmente, nos momentos em que algo falha – enquanto, na verdade, esse departamento é decisivo para o desenvolvimento estratégico de qualquer negócio.

É certo que a tecnologia faz parte do cotidiano das empresas. Contar com o apoio eficiente do TI é o que assegura resultados positivos. No entanto, a missão do setor na organização vai muito além de atender a chamados, devendo auxiliar efetivamente as tomadas de decisão em prol do crescimento e aumento da competitividade da empresa em seu segmento de atuação.

Contudo, para que isso aconteça, é primordial integrar o setor em todos os processos. Infelizmente, essa ainda não é uma realidade para todos. Prova disso é que, segundo um levantamento conduzido pela IT Mídia, em 2022, foi constatado que, embora os profissionais de tecnologia valorizem o feedback, 31% afirmam recebê-los raramente. Ou seja, na maioria das empresas, trata-se de um departamento marginalizado, assumindo meras funções de suporte em vez de estratégicas.

Se esse dado, por si só, já chama atenção, não podemos deixar de abordar outro problema recorrente nas companhias: a utilização de sistemas ineficientes. De nada adianta considerar a área de TI como um elemento fundamental para a empresa, sem que esses profissionais tenham acesso a ferramentas de ponta, capazes de agregar valor para o negócio.

Afinal, é um bom sistema de gestão que irá permitir que a empresa se desenvolva e execute as tarefas com maior precisão, eficiência e produtividade. Por sua vez, integrar o setor de TI aos aspectos estratégicos, nem sempre é uma tarefa fácil. Nessa jornada, alguns passos são essenciais.

Primeiramente, tenha uma ferramenta que apoie a gestão da empresa. Levando em conta o fluxo de trabalho e demandas, é essencial que a solução tenha uma boa aderência e proporcione um controle efetivo de gestão, fornecendo dados que apoiem o processo de tomada de decisão.

Também é fundamental investir no backoffice. Pode até parecer redundante falar sobre isso, mas muitas ferramentas não têm a funcionalidade de entregar o básico. São essas informações que irão ajudar a empresa a identificar qual o seu status atual, bem como localizar possíveis gargalos que precisam ser solucionados a fim de maximizar resultados no curto, médio e longo prazo.

Somando a isso, obviamente, também é importante fazer uma gestão operacional, que contemple todos os processos da empresa, como fluxo de caixa, estoque, planejamento de vendas, entre outras funções. Tudo deve estar indexado ao sistema para uma melhor perspectiva do desempenho da organização quanto ao seu futuro.

A boa notícia é que todos esses pontos podem ser facilmente solucionados com a utilização de um software de gestão, como um ERP. Além do sistema conciliar todos esses itens em sua implementação, também agrega mais segurança às operações, eliminando instabilidades sistêmicas, que impactam o desempenho dos projetos de uma empresa.

E, em que isso favorece o TI? Em absolutamente tudo! A partir do momento em que o departamento passa a estar envolvido em cada uma das etapas do negócio, sua participação se torna estratégica, tendo uma maior agilidade em identificar falhas e dar sugestões efetivas – contribuindo ainda para a valorização e sentimento de reconhecimento destes profissionais

Importante salientar que, para que todos esses benefícios sejam obtidos, é essencial que as empresas deixem de lado métodos antigos e passem a olhar para um futuro muito mais promissor. É através de medidas efetivas hoje que se obtém resultados positivos amanhã. Afinal, a missão do TI não pode se limitar ao suporte.

 Cristiano Silvestrin é diretor da ALFA Campinas, (empresa associada ao Grupo Alliance) consultoria SAP Business One Gold Partner.