2 de outubro de 2018
Projetando o futuro de um mundo em constante mudança!
O mundo está mudando! Esta talvez seja a frase mais antiga e mais repetida projetando o futuro. A frase reflete uma antítese atemporal para descrever o presente dizendo algo do passado e, ainda e ao mesmo tempo, prevendo o futuro com uma única certeza: a de que será diferente!
Permanentemente temos a necessidade de mudar e de obter novas diretrizes que nos ajudem a governar nossa vida. Neste sentido, os períodos de eleições presidenciais no Brasil podem ser um bom momento para reflexão, mudanças e evolução. Aqui elas acontecem a cada quatro anos, mas se considerarmos as eleições pelo mundo, que também podem influenciar o modo como vivemos, o ciclo de inovação fica menor.
Se pensarmos ainda que queremos mudar de vida a cada ano novo, em 1º de janeiro, chegaremos a um ciclo de um ano. E se quisermos atualizar nosso smartphone a cada nova tecnologia? Aí então, serão apenas seis meses. Ou seja, a atualização tem de ser constante e muito rápida, ou corremos o sério risco de obsolescência.
O que muda para as pessoas:
O mundo funciona através das pessoas e vice-versa. As pessoas transformam e são transformadas através do ambiente em que vivem sempre em busca de melhor qualidade de vida pessoal e, sobretudo, profissional, pois é no trabalho onde passamos a maior parte de nosso tempo. Literaturas de Dale Carnegie, Stephen Covey, James C. Hunter, Daniel Goleman e outros best sellers que podem melhor definir esta percepção.
O universo corporativo:
O mundo corporativo está em constante transformação. Podemos fazer um exercício mental para entender o quê e de que forma cada ambiente de trabalho moldou nossa personalidade corporativa e, em contrapartida, qual foi a nossa contribuição na modelagem desse mesmo ambiente. A conclusão é única: perceberemos que as pessoas, o ambiente, a tecnologia e a globalização, conjuntamente, mudaram de maneira radical as empresas e sua forma de atuar no mercado.
Há 40 anos era comum às empresas brasileiras de médio porte conter em seus quadros quase 100 funcionários administrativos. Parece absurdo para os padrões atuais, mas imagine um mundo onde poucas pessoas sabiam usar um computador e inexistiam planilhas de cálculos. Trabalhos que hoje são realizados por uma pessoa no período de 30 minutos eram realizados por uma equipe que consumia semanas de trabalho, reforçadas por inúmeras horas extras. A tecnologia mudou e alterou a forma de administrar.
O que mudou com o passar dos anos:
Nos anos 80 o setor Jurídico das empresas de médio porte tinha sua própria estrutura com salas, departamentos e funcionários (sim, no plural!); nos anos 90, ainda era comum ver o setor de contabilidade com quase 10 funcionários.
De maneira análoga, no começo dos anos 2000, teve início uma nova tendência que se propagou e é até hoje uma grande solução para diversos serviços primários ou terciários dos empreendimentos, de modo geral: a terceirização.
Antigos setores como Jurídico, Contabilidade, Processamento de Dados começaram a ser terceirizados com “especialistas” dedicados a uma única operação, trazendo não só excelência e qualidade como também significativos ganhos, seja de receitas, seja de corte de custos. Na sequência, a chegada das mídias sociais mudou completamente o setor de Marketing, que ao terceirizar os serviços impactou diretamente o volume das empresas de Publicidade que ofertam serviços com qualidade, expertise e customização.
Mais recentemente, nos últimos cinco anos, a Controladoria tem liberado mais espaço imobiliário com redução da despesa do aluguel em troca do serviço de terceiros, sem encargos trabalhistas e podendo contar com uma equipe a se responsabilizar pelo que antes era direcionado a apenas uma pessoa.
A perspectiva do empresário projetando o futuro:
Os empresários sabem dessa transformação, mas pouco percebem os benefícios no curto prazo e tendem a achar que todos esses exemplos citados não são estratégicos. Eles querem reduzir despesas, querem qualidade nos serviços assumindo menos riscos, mas mantém pesadas estruturas e respectivos encargos nos próprios ombros, achando que a redução de despesas se faz apenas com economias paliativas e/ou pouco expressivas, limitando-se a corte do cafezinho e a impressão de documentos em “frente e verso”. Mal percebem que acabam ficando apenas nestas duas estéreis providências.
O médio empresário detém a estratégia da empresa. Vamos recordar a “pirâmide organizacional” citada em 9 de cada 10 cursos de administração, onde o topo é composto de forma a ser a diretriz do centro que deve orientar a base. O centro, então, tem a função de assessorar o topo e traduzir a execução para a base. Esta hierarquia é fundamental para a sobrevivência da companhia e no desenvolvimento da eficiência sob custo benefício.
O reflexo das mudanças ao longo dos anos:
As mudanças ao longo dos anos criaram especializações nesses ambientes do “centro” para uma melhor assessoria empresarial. O negócio estratégico de uma indústria é o produto e não a burocracia.
Para este último existem assessorias especializadas para “desenrolar” o nó burocrático no qual vivemos e até criar estratégias fiscais e financeiras, bem como prover demonstrativos ágeis para a tomada de decisão no mundo de rápida transformação. Essas assessorias nasceram da separação de todos os setores que saíram de dentro das empresas e viraram negócios especializados em diversos ramos de atividades – indústrias, distribuição, comércio ou prestação de serviços. Prover eficiência administrativa com custo e beneficio é a estratégia delas.
O mundo está mudando e com ele todo o contexto. Concluo com a famosa frase “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. – Leon C. Megginson”.
PS: Se você achava que a máxima pertencia a Charles Darwin, pense que talvez também precise delegar aquilo que não é do seu cotidiano, para focar no seu objetivo e buscar a ajuda certa. O mundo está mudando!
Wilson Martins
Profissional em Controladoria há 25 anos
Graduado em Sistemas de Informação e
MBA em Gestão Empresarial
Avante Assessoria em reestruturação de empresas
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