30 de outubro de 2017
Bolsa de Valores: jogo ou investimento?
O investimento em ações como a Bolsa de Valores é um tema que pode gerar pontos de vistas altamente distintos. Há os que criticam os riscos, há os que defendem com moderação e há também os entusiastas desse tipo de investimento, como os que ficam o dia inteiro acompanhando o movimento das bolsas de valores.
Mas em que consiste esse investimento? Comprar ações significa adquirir pequenas partes de uma empresa. Quando uma instituição se torna aberta, o patrimônio dela é dividido em várias cotas, que são distribuídas para os investidores, que se tornam então donos dessa empresa. É como se você tivesse um pedacinho de cada prédio, de cada veículo ou de cada bem que ela possua. Quanto mais ações você tiver, maior é a sua parcela.
Vantagens de investir em ações:
- Não é preciso muito dinheiro para começar;
- Você recebe dividendos periodicamente;
- Há o potencial de boa rentabilidade no longo prazo;
- Você pode comprar ou vender suas ações no momento em que quiser;
- É possível alugar suas ações fazendo um empréstimo de ativos e ganhar um rendimento extra;
- A cobrança do Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos se dá apenas na saída do investimento e se o resgate for maior do que R$ 20 mil.
Contudo, nem tudo são flores no mundo das ações. Ao mesmo tempo em que é possível ter um rendimento maior, o investidor fica sujeito à maiores riscos e perdas, especialmente caso precise vender as ações em baixa. Portanto, é preciso ter consciência de que o mercado financeiro é instável e pode mudar a qualquer momento.
Outro ponto é que há custos de corretagem para cada operação realizada, que variam de corretora para corretora, além de taxa de custódia e taxa de emolumentos. Há também a incidência de Imposto de Renda: uma pequena parte (0,005%) é retida na fonte e o restante (14,995%) sobre os ganhos líquidos na venda ou liquidação da ação, que deve ser recolhido mensalmente pelo investidor. Quem vende até R$ 20 mil por mês no mercado, a vista, está isento do IR.
Para explicar melhor essa questão, Carollyne Mariano, sócia da Atlas Invest, respondeu algumas das principais dúvidas sobre o tema:
1 – Quando investir em bolsa?
O investimento em Bolsa de Valores deve ser feito pelo investidor que tem visão de longo prazo para o retorno dos investimentos e que busca a diversificação do seu portfólio.
2 – É apenas um investimento para investidores mais arrojados?
De modo geral, o investimento em Bolsa é indicado aos investidores com perfil mais arrojado em função do sobe e desce do preço das ações, contudo, sabendo escolher bem as empresas as quais será sócio, tendo um horizonte de longo prazo e sabendo diversificar o patrimônio, o efeito da oscilação das ações passam a ser suavizados.
3 – Quais as dicas para não perder dinheiro em bolsa de valores?
As principais dicas para o investidor não perder dinheiro em bolsa são:
- Leia livros sobre o tema;
- Compre ações de empresas sólidas e lucrativas;
- Analise os gráficos e o fundamento também, as duas ferramentas andam juntas;
- Diversifique a sua carteira de ações;
- Jamais invista na bolsa se o recurso estiver comprometido para um compromisso próximo.
4 – Quais os cuidados que um investidor deve ter?
É importante analisar a fundo a empresa da qual será acionista, entender que o investimento em Bolsa é de longo prazo e que haverá oscilações. Quando o investidor acredita na empresa em que está investindo e sabe que ela tem potencial de crescimento, sempre é um bom momento para comprar as ações. E quando o investimento atingir a rentabilidade almejada, é a hora de vender.
Quando a soma das vendas (dentro do mês) não atingirem R$ 20 mil reais, o investidor não terá que pagar imposto. Caso as vendas superem, o investidor deve calcular 15% sobre o lucro para operações comuns e 20% para operações day-trade (que são compradas e vendidas no mesmo dia). O DARF deverá ser pago no último dia útil do mês subsequente ao encerramento da operação.
5 – E quando se quer investir, mas não está seguro?
Para o investidor que deseja começar a investir na bolsa, que não se sente confortável ou que não tem tempo para se dedicar, os Fundos de Investimentos em Ações são bons veículos. Na prática, o investidor “entrega” seu dinheiro para um gestor qualificado fazer a gestão da escolha das ações.
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