12 de maio de 2020
Governança Corporativa e a estruturação do negócio
Números relacionados aos impactos da crise atual enfrentada ainda não são certos. Mas, uma coisa é certa, o empresário vai ter que se reinventar e buscar alternativas para o futuro. Uma dessas que vem ganhando força são processos de governanças corporativas, que são ideais ara a restruturação dos negócios, mas como funciona esse processo?
Segundo Benito Pedro Vieira Santos, especialista em Reestruturação de Empresas e sócio da Avante Consultoria, o tema não é tão complexo como se pode imaginar. Ele pontuou os principais pontos relacionados:
Governança corporativa para uma empresa
O conceito de Governança Corporativa nasceu com o crescimento das empresas e a necessidade de conciliar os diferentes interesses de sócios e administradores, evitando fraudes e escândalos fiscais. Entende-se como Governança Corporativa os processos, costumes, políticas, leis e instituições que são usados para fazer a administração de uma empresa. Ou seja, trata-se do sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Hora de fazer
O momento certo de iniciar um processo de Governança é quando o empresário/empreendedor não está mais conseguindo ter uma visão ampla e completa do seu negócio. Muitas vezes o crescimento da empresa acontece de forma inesperada, com isso, os processos internos transcorrem com uma complexidade que não fazia parte do negócio.
Com o aumento do volume de vendas, todas as áreas da empresa são afetadas, sem exceção, compras, financeiro, desenvolvimento, recursos humanos e no caso de indústrias o PCP, produção, expedição e demais departamentos que compõem a empresa. Portanto, o processo de Governança se adequa em todos os negócios, afinal estamos falando de boas práticas.
Iniciando
Para iniciar esse trabalho é necessário uma ajuda externa e especializada, criando um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos como de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos e média gestão estejam sempre alinhados com os interesses dos acionistas.
Pontos necessários
Os princípios básicos são transparência, equidade, prestação de contas (accountability) e responsabilidade corporativa. Desta forma, é possível garantir a todos os acionistas e preferencialistas, investidores de mercado, em especial os institucionais, financiadores e fornecedores de bens e de serviços, rápido e seguro acesso às informações relevantes sobre fatos, atos e negócios jurídicos realizados pelas empresas em questão.
Outro ponto a ser levado em considerado é o fato de que a prática contribui para um desenvolvimento econômico sustentável e proporciona melhorias no desempenho das empresas. Por estes motivos, torna-se tão importante ter pessoas comprometidas com o processo, como conselheiros qualificados e um sistema de Governança Corporativa de qualidade que funcione efetivamente. Só assim, é possível evitar erros desnecessários, abuso de poder e até mesmo fraudes.
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