6 de setembro de 2021
Como blindar sua equipe contra o pessimismo e o excesso de preocupações?
Se tem uma coisa que todos nós brasileiros temos certeza é que mais de um ano depois do início da pandemia do Coronavírus no país não está fácil para ninguém. Muito menos para os nossos empresários que, entre restrições e dias de trabalho, precisam encontrar forças para não deixar o cenário externo desestimular sua equipe e, principalmente, para manter-se emocionalmente bem em meio a tantos altos e baixos.
Em uma pesquisa recente realizada pelo Datafolha e publicada no final de março de 2021, o pessimismo dos brasileiros em relação a nossa economia é sintomático. Segundo o Datafolha, dois em cada três brasileiros dizem que a situação econômica do país vai piorar. A pesquisa registrou um percentual recorde . De acordo com o levantamento, 41% dos brasileiros tinham essa expectativa em dezembro – agora, são 65%. No sentido inverso, caiu de 28% para 11% o percentual daqueles que esperam uma melhora no cenário econômico. O recorde negativo anterior da pesquisa, iniciada em 1997, eram os 60% registrados em março de 2015, durante a recessão iniciada no governo Dilma Rousseff.
E quando as coisas não vão bem, novas estratégias precisam ser elaboradas. “Em um momento de crise, a responsabilidade pesa duas vezes mais do que em tempos normais. Por isso, separei algumas dicas para que os líderes possam tentar aplicar em seu dia a dia com o objetivo de buscar manter o engajamento do time e poupá-los de preocupações exacerbadas quanto ao futuro próximo”, explica Benito Pedro, CEO da Avante Assessoria Empresarial. São elas:
- Mesmo que você esteja oscilando internamente, busque manter um comportamento positivo, afinal, se o comandante mostra que está “perdido” os demais terão motivos de sobra para se preocupar. Lembre-se de que os resultados dependem de pessoas, que por sua vez precisam se sentir confiantes e engajadas, mesmo em meio a tanta tensão;
- Se o planejamento e a estratégia eram palavras fundamentais antes da crise, agora o líder precisa calcular e recalcular cada passo a ser dado por ele e pela empresa de forma ainda mais precisa e minuciosa. Independente do cenário, seja transparente. As pessoas já sabem que a situação não está favorável. Mas a incerteza é um campo fértil para pensamentos negativos – quando não há clareza sobre a situação, abre-se margem para que a equipe passe a pensar que o pior pode estar acontecendo nos bastidores;
- Uma boa dica é atualizar a equipe em curtos espaços de tempo e explicar para onde a empresa está caminhando e quais medidas vêm tomando para vencer a crise. E claro, de nada adianta qualquer dica anterior sem que haja coerência por parte do líder;
- Em momentos de crise como a que vivemos hoje, um discurso bem alinhado entre líder e equipe é poderoso e pode ir além do escritório, da fábrica, afetando ou não a imagem institucional e a visão do público externo sobre a empresa. Quantas empresas você conhece que vão sair ainda mais fortes dessa crise? E ao contrário também, certamente se lembrará de algum empresário que se perdeu no meio do caminho (por um motivo ou outro) e que perdeu prestígio e/ou representatividade na crise;
- Nunca é demais lembrar que quando uma empresa mantém os seus compromissos, adotando uma comunicação transparente com seu público interno, a relação com os clientes também é influenciada positivamente. E, consequentemente, o resultado mais provável será a sua fidelidade, essencial para uma retomada pós-recessão. Não adianta pensar apenas em vencer a crise momentânea, é preciso também se preparar para o pós e o que está por vir;
- Para estar preparado para as tomadas de decisões rápidas e assertivas, é essencial que as métricas da empresa estejam em dia.
Ou seja, este é o melhor momento para ajustar as expectativas e as ações para que o direcionamento da equipe seja feito de maneira responsável e fundamentada. E nunca se esqueça: informação correta, decisão correta.
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