25 de julho de 2025

Como alongar os passivos da empresa de forma estratégica e sobreviver às dívidas

 

Em um cenário econômico marcado pela instabilidade, alta competitividade e margens cada vez mais apertadas, muitos empresários acabam se vendo obrigados a contrair dívidas para manter suas operações. Porém, sem um planejamento financeiro adequado, o que deveria ser uma ferramenta para crescimento pode se transformar em um problema crônico que ameaça a saúde da empresa. Assim, entenda como alongar os passivos e salvar uma empresa

Benito Pedro Vieira Santos, CEO da Avante Assessoria — empresa com quase 20 anos de experiência em reestruturação financeira empresarial — destaca um erro recorrente:

“Um dos erros mais comuns é assumir dívidas sem considerar o real fluxo de caixa da empresa. Isso acontece quando o empresário ignora o ciclo financeiro, não projeta sazonalidades ou até mistura finanças pessoais e corporativas.”


Alongar os passivos como estratégia financeira

Para Santos, renegociar dívidas não deve ser encarado apenas como uma tática de sobrevivência, mas como uma parte essencial do planejamento financeiro estratégico:

“É preciso ter clareza sobre a capacidade de pagamento da empresa. Um compromisso de renegociação deve ser quitado com o resultado da empresa, e não ser tratado como se fosse parte da operação. Isso é um erro recorrente.”

O primeiro passo para um alongamento eficaz dos passivos é um diagnóstico financeiro detalhado, que permita compreender o ponto de equilíbrio do negócio, mapeando custos, despesas, endividamento e indicadores como EBITDA, margem líquida e liquidez corrente.

Benito explica:

“Trabalhamos com projeções em três cenários: otimista, realista e pessimista. Isso permite que o empresário visualize o impacto de suas decisões e esteja preparado para imprevistos.”


Priorizando passivos: metodologia para renegociação eficaz

Nem todas as dívidas devem ser renegociadas da mesma forma ou no mesmo momento. A Avante Assessoria recomenda priorizar os passivos com base na urgência e no impacto que podem causar:

  • Prioridade 1: Dívidas com juros altos ou que afetam diretamente a operação, como fornecedores estratégicos;
  • Prioridade 2: Passivos fiscais, que podem ser renegociados via programas como REFIS;
  • Prioridade 3: Empréstimos com garantias reais.

Além disso, é fundamental avaliar a flexibilidade de cada credor:

“Bancos e o fisco têm mecanismos estruturados de negociação, enquanto fornecedores podem oferecer acordos mais criativos quando existe transparência e confiança mútua”, afirma Santos.

A renegociação deve ser customizada conforme o perfil de cada credor:

  • Bancos: apresentar demonstrativos atualizados, plano de recuperação e buscar substituição de dívidas caras por linhas de crédito mais acessíveis;
  • Fornecedores: propor prazos maiores ou descontos para pagamentos antecipados, negociando até exclusividades;
  • Fisco: aderir a programas de parcelamento como o REFIS ou realizar transações tributárias para reduzir multas e juros.

A importância da assessoria especializada

Benito reforça:

“A renegociação exige tempo, técnica e foco. Se feita pela equipe interna, pode comprometer a operação da empresa. É essencial contar com uma assessoria externa especializada.”

Nesse sentido, o Grupo Alliance (grupoalliance.com.br) atua como parceiro estratégico de empresas que buscam soluções integradas para a gestão financeira e operacional, auxiliando na reestruturação e recuperação.


Renegociar para crescer: transformando dívidas em oportunidades

A renegociação dos passivos não é apenas para manter o negócio funcionando, mas para abrir espaço para o crescimento:

“Se a dívida compromete mais de 30% do EBITDA, renegociar deixa de ser opção e passa a ser questão de sobrevivência. Mas, se a empresa tem potencial, alongar prazos pode transformar passivos em oportunidades de investimento”, explica Santos.


Transação tributária: uma ferramenta jurídica para a reestruturação fiscal

Entre os passivos, as dívidas fiscais exigem atenção especial. A transação tributária vem ganhando protagonismo como mecanismo jurídico eficaz para empresas que buscam reorganizar suas finanças e evitar litígios com o fisco.

Dr. Thiago Santana Lira, da Barroso Advogados Associados (baa.adv.br), destaca:

“A transação tributária não é só uma alternativa de pagamento, mas uma oportunidade real de reestruturação fiscal. Permite descontos expressivos, prazos estendidos e até suspensão de execuções fiscais.”

Esse mecanismo é especialmente importante para empresas em recuperação judicial, que podem negociar condições personalizadas, reduzindo o passivo e retomando investimentos. Dr. Thiago explica:

“Empresas com diagnóstico fiscal claro e proposta bem fundamentada conseguem não só reduzir dívidas, mas também proteger seus ativos e recuperar a confiança do mercado.”


Benefícios operacionais da transação tributária

Além do alívio financeiro, a transação possibilita a suspensão de ações de execução fiscal, protegendo contas e bens da empresa.

“Ela funciona como uma ponte entre o endividamento e a retomada do crescimento, desde que usada com responsabilidade e dentro de um plano estruturado,” completa o advogado.


Conclusão

Alongar passivos de forma estratégica é fundamental para a sobrevivência e crescimento de qualquer empresa, especialmente em tempos de incertezas econômicas. O diagnóstico financeiro detalhado, a priorização inteligente dos passivos e o uso de ferramentas jurídicas como a transação tributária, aliados a uma assessoria especializada e parceira de confiança como o Grupo Alliance e a Barroso Advogados Associados, são os caminhos mais seguros para quem quer não apenas sobreviver, mas prosperar no mercado.

Se você está enfrentando desafios financeiros na sua empresa, considere buscar orientação especializada para estruturar sua renegociação de forma eficiente e inteligente. A transformação começa com um plano bem elaborado.